sexta-feira, 17 de abril de 2020

Onda

Nos encontramos ao acaso
Nem perguntou o meu nome
Me puxou pela mão e saiu correndo
Disparadamente pra longe da multidão
Sorria, gargalhava e vibrava

Em vida, em sons, em cores
Tudo pra ela explodia em
Tons nunca assimilados por tão
Belo par de olhos humanos
Que me hipnotizaram

E junto dela também vibrei
Enquanto ela me contava sobre uma casa vazia
E nós começamos a dançar
Porque uma casa vazia também é cheia de
Solidão

Que não durou muito tempo
Pois projetamos imagens mentais em cada cômodo
Todo pedacinho dela foi preenchido por cores
Por vida, por amor, por nós
Na mesma sintonia da batida dos corações

Durou apenas nove minutos e
Vinte segundos
Tempo suficiente pra me transformar e eclodir
Em pureza e em
Solitude.

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