(Foi difícil acordar)
Eu não queria, essa era a verdade. Desativei todos os 7 despertadores com os olhos fechados e o pensamento fixo em você. Ao abrir os olhos e saber que tudo não passava de um sonho, quis vender o resto da minha alma ao Morpheus: tudo em troca de sonhos nos quais a realidade era você e eu.
E, toda vez que desperto desse pedacinho do meu subconsciente que me leva até você sem que eu possa controlar (como se eu quisesse ou pudesse), o que me resta é esse estado introspectivo que não quer ser compreendido por ninguém a não ser a mim mesmo. Fecho os olhos, me recolho em minha casca e faço um mergulho profundo no meu ser. Sequer sei nadar - todos sabem - mas aprendi a sobreviver. Abro os olhos e estou flutuando. Há uma luz acima de mim na qual ilumina o azul ao meu redor de uma forma única. O que acontece comigo nesse intervalo de tempo funciona como no jogo tetris: enquanto novas peças surgem para serem encaixadas, outras são removidas. Entretanto, a peça na qual tem o seu nome cravado, nunca é destruída ou sobreposta. Devo retornar, o barulho me chama mais uma vez. Dou um impulso em direção àquela luz e me deixo ser sugada até a superfície. Antes de alcançar toda aquela luminosidade, escuto a sua doce voz ecoando dentro de mim.
(Devo acordar)
Será difícil, mesmo após esse estado mental e espiritual, ter um dia produtivo e tranquilo. Será quase impossível levar um bom dia sabendo que tudo não passou de um mísero sonho, no qual todos olham para o centro do palco, com aquele holofote focando na cena cômica que o sonho foi, e gargalham até chorar. Coloco um pé de cada vez no chão e sinto o frio do azulejo subindo pelas minhas pernas. A minha respiração é lenta, mas compassada e profunda. Reúno todas as forças que encontrei anteriormente e levanto.
Tenho a certeza de que amanhã será um novo dia.
(Vivamos o dia de hoje)
quarta-feira, 17 de maio de 2017
segunda-feira, 15 de maio de 2017
Verão no Outono
Aquele era, possivelmente, o encontro mais aleatório e
inimaginável. Há quantos anos eles foram apenas dois figurantes irrelevantes na
vida um do outro? Não lembravam bem, mas aquilo era peculiar e engraçado. Além
disso, estava sendo gostoso de se viver.
A única luz que banhava diretamente os seus corpos era emitida do pisca-pisca acima deles. As janelas estavam abertas e já era tarde da noite: as pessoas dormiam e eles desejavam-se. Deitado e completamente despido de pudor ou qualquer tecido que mascarasse o seu desejo e fervor, ele a viu caminhando até a cama.
Quando uniram os corpos, cada toque gerava uma sensação diferente e única. Inicialmente, olharam-se com malícia e desejo. As bocas estavam entreabertas na expectativa de serem preenchidas pelo prazer doutrem. Mesmo a diferença daqueles 30 centímetros de altura não impediram que seus corpos se encaixassem com harmonia e desenvoltura. Ela o entrelaçou com as suas pernas enquanto ele tinha uma das mãos entre os seus cabelos e a outra no meio de suas costas. Os beijos foram cheios de tesão e carregados de calor. Ela era o verão.
Giraram suavemente na cama e ele a deitou. Podia vê-la de cima, ali brilhando em seu calor e com as sardas criadas pela luz vermelha do pisca-pisca. Ela via o seu rosto e sorria com o sorriso mais acolhedor que possuía. O corpo dele, contrastado pela luz da rua que entrava pela janela e todo o breu do quarto, caiu lentamente sobre ela. Foi beijando o seu pescoço devagar e dando mordidas em sua orelha. Mordeu com mais força o seu queixo e começou a beijar o seu colo. Subitamente, encontrou os seus seios e preencheu a sua boca com aquele mamilo com um piercing. Fez a mesma coisa com o outro seio. Foi de encontro ao Delta de Vênus dela e beijou todo o seu corpo até lá chegar. Ele era o outono.
Enquanto sentia todo o seu calor, ali entre as pernas dela, também podia ouvir os gemidos e a respiração ofegante que ela emitia. Ela era doce e ele gostava do seu sabor. Quando o empurrou para longe porque já não conseguia mais aguentar, ele tirou as mãos dos seus seios e a língua de dentro dela. Apesar dele estar pingando de suor, quando olhou praquela boca entreaberta e molhadinha de prazer, eles se chocaram mais uma vez.
Montou nele e cavalgou como que a sua vida dependesse daquilo. Apesar de estar sem prática, ele fez o melhor que pôde. Era uma visão prazerosa vê-la subindo e descendo enquanto estava dentro dele. A playlist que tocava ficou em segundo plano e, creio que até inaudível, devido ao ápice de seus prazeres. Ele gargalhou bem gostoso e a abraçou firme enquanto estremeciam de puro prazer. Ambos pingavam de suor, mas estavam abraçados e trocando carícias. Ela era o verão em pleno outono.
A única luz que banhava diretamente os seus corpos era emitida do pisca-pisca acima deles. As janelas estavam abertas e já era tarde da noite: as pessoas dormiam e eles desejavam-se. Deitado e completamente despido de pudor ou qualquer tecido que mascarasse o seu desejo e fervor, ele a viu caminhando até a cama.
Quando uniram os corpos, cada toque gerava uma sensação diferente e única. Inicialmente, olharam-se com malícia e desejo. As bocas estavam entreabertas na expectativa de serem preenchidas pelo prazer doutrem. Mesmo a diferença daqueles 30 centímetros de altura não impediram que seus corpos se encaixassem com harmonia e desenvoltura. Ela o entrelaçou com as suas pernas enquanto ele tinha uma das mãos entre os seus cabelos e a outra no meio de suas costas. Os beijos foram cheios de tesão e carregados de calor. Ela era o verão.
Giraram suavemente na cama e ele a deitou. Podia vê-la de cima, ali brilhando em seu calor e com as sardas criadas pela luz vermelha do pisca-pisca. Ela via o seu rosto e sorria com o sorriso mais acolhedor que possuía. O corpo dele, contrastado pela luz da rua que entrava pela janela e todo o breu do quarto, caiu lentamente sobre ela. Foi beijando o seu pescoço devagar e dando mordidas em sua orelha. Mordeu com mais força o seu queixo e começou a beijar o seu colo. Subitamente, encontrou os seus seios e preencheu a sua boca com aquele mamilo com um piercing. Fez a mesma coisa com o outro seio. Foi de encontro ao Delta de Vênus dela e beijou todo o seu corpo até lá chegar. Ele era o outono.
Enquanto sentia todo o seu calor, ali entre as pernas dela, também podia ouvir os gemidos e a respiração ofegante que ela emitia. Ela era doce e ele gostava do seu sabor. Quando o empurrou para longe porque já não conseguia mais aguentar, ele tirou as mãos dos seus seios e a língua de dentro dela. Apesar dele estar pingando de suor, quando olhou praquela boca entreaberta e molhadinha de prazer, eles se chocaram mais uma vez.
Montou nele e cavalgou como que a sua vida dependesse daquilo. Apesar de estar sem prática, ele fez o melhor que pôde. Era uma visão prazerosa vê-la subindo e descendo enquanto estava dentro dele. A playlist que tocava ficou em segundo plano e, creio que até inaudível, devido ao ápice de seus prazeres. Ele gargalhou bem gostoso e a abraçou firme enquanto estremeciam de puro prazer. Ambos pingavam de suor, mas estavam abraçados e trocando carícias. Ela era o verão em pleno outono.
segunda-feira, 8 de maio de 2017
Há quase um ano...
Carta aberta pra você.
Há quase um ano nós tivemos a nossa
última noite juntos. E, há quase um ano, ninguém me tocou com tanta ternura e
amor como você naquela noite. Tudo foi há quase um ano e eu ainda posso sentir
o teu olhar me fotografando, bem como o teu sorriso que tanto me derretia (e
ainda derrete) inteiro por dentro. Há quase um ano eu perdi muito mais do que
um baita mulherão... Eu perdi uma irmã, a minha melhor amiga, um brother. Parece que foi ontem, mas tudo
foi há quase um ano. Ainda lembro, que há quase um ano, estávamos assistindo Stranger Things jogados na sala: você
comendo o seu lanche versão kids (que
nunca conseguia comer tudo e sempre sobrava pra mim), e eu comendo o maior
lanche possível do estabelecimento que gostávamos de pedir. Há quase um ano eu
venho vivendo numa realidade totalmente sem cor. Aqui, nessa realidade, todos
foram pintados de negro e eu não posso enxergá-los, muito menos eles a mim. Há
quase um ano eu venho tentando sobreviver com uma lanterna que achei jogada
numa caixa empoeirada. É um labirinto sem tamanho que estou percorrendo, e
várias vezes a lanterna falha, pisca mais que as luzes no Natal, só que no
final ela ainda sobrevive. A luz não é tão forte, mas sei que ela não se
apagará. Há quase um ano e eu ainda sinto o que senti quando me abri pra você
pela primeira vez. Acho que foi no lago da universidade, a gente estava na
grama e eu chorava e te abraçava porque era tudo muito lindo e eu só queria me
fundir a você: de corpo e de alma. Há quase um ano eu não posso dividir o meu
dia a dia contigo: nem minhas tristezas ou as alegrias. Há quase um ano eu não
sei o que é trocar um sorriso sincero (mesmo eu não sabendo sorrir). Há quase
um ano, os nossos planos tiveram que ser engavetados no plano real. Há quase um
ano eu me aposentei do back vocal dos
Macacos do Ártico, e também deixei de assistir as Vídeo Cassetadas do Faustão.
Se pá, um dia cê for até a Argentina e, se pá, lembre, remotamente, que era um
dos nossos destinos quando as coisas melhorassem... Há quase um ano eu desejo
que as coisas aconteçam graciosamente nas nossas vidas. O lápis em minhas mãos
furou diversas páginas abaixo do que acabei de escrever. As palavras estão
borradas pelas lágrimas que ainda vem ao lembrar que você já não está mais ao
meu lado (toda encolhida, pois sou espaçoso) toda vez que acordo. Essas
lágrimas surgiram há quase um ano. Há quase um ano eu venho vivendo uma
eternidade sem você.
Rodrigo.
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