terça-feira, 6 de março de 2012

Parque dos Horrores

O Parque havia fechado para visitação.
O Carrossel girava solitário, exibindo o velho tom monocromático de sempre.
Almas se divertiam no local, mas a casualidade as afastou e a ferrugem foi o que restou.
O silêncio reinou.

Na Casa dos Espelhos, viam- se diversos rostos censurados.
As risadas eram ecoadas por fantasmas mudos, as lembranças.
Reflexos jaziam sem Vida nos estilhaços convidativos.
A saudade reinou.

O Caminho das Águas foi um cenário cobiçado.
Na maioria das vezes, foi calmo. Outras, nem tanto.
O rubro deixado pelos corações partidos, tomou conta da transparência antes existente.

A Roleta - um tanto convidativa -, era o escape perfeito.
Frio, o metal arrepiava todos que o tocavam e deletava aqueles que o usavam.
Seis lugares para um passageiro. Então o sangue escorreu, morno e espesso.

A paz paranóica situou- se na mente aliviada.
O único caminho era turvo e com uma doce voz repetindo a mesma frase:
"Bem- vindo ao Parque dos Horrores."

3 trocas:

ArcMoonRed disse...

Uia, curti XD Acho que foi a poesia que mais se materializou na minha cabeça xP

Muito bom. Você tem estudado mais sobre poesia?

Dorigor ­§ disse...

Que bom que gostou! Ainda não consegui parar para me "dedicar" à poesia. Nem sei se devo... faço o simples do simples. Abraços.

ArcMoonRed disse...

Ahh, entendo! Uma hora temos de decidir o que é hobby e o que é compromisso! Eu ainda não descobri.

Mas muita boa sorte na sua hora, Dorigor.

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Licença pra licença poética!