A afirmação silenciosa era visível: o
reflexo obscuro estava instável.
Por proporção, a outra sombra
engolia-se automaticamente.
A verdade não mentia: não havia
simetria.
Não ali.
Internamente, os sentidos estavam
turvos, atrapalhando a mutação.
Uma pequena gota seria o suficiente
para a catástrofe.
A face pálida dialogou em silêncio.
O eco produzido trouxe o esplendor da
alvorada.
Os movimentos graciosos do feio eram
belos.
A leveza nunca vista estava sendo
apreciada.
Mais um ciclo havia se completado.
Diante da superação considerada
impossível,
Seus lábios pronunciaram uma única
palavra para o reflexo no espelho:
Simetria.