segunda-feira, 15 de maio de 2017

Verão no Outono

Aquele era, possivelmente, o encontro mais aleatório e inimaginável. Há quantos anos eles foram apenas dois figurantes irrelevantes na vida um do outro? Não lembravam bem, mas aquilo era peculiar e engraçado. Além disso, estava sendo gostoso de se viver.

A única luz que banhava diretamente os seus corpos era emitida do pisca-pisca acima deles. As janelas estavam abertas e já era tarde da noite: as pessoas dormiam e eles desejavam-se. Deitado e completamente despido de pudor ou qualquer tecido que mascarasse o seu desejo e fervor, ele a viu caminhando até a cama.

Quando uniram os corpos, cada toque gerava uma sensação diferente e única. Inicialmente, olharam-se com malícia e desejo. As bocas estavam entreabertas na expectativa de serem preenchidas pelo prazer doutrem. Mesmo a diferença daqueles 30 centímetros de altura não impediram que seus corpos se encaixassem com harmonia e desenvoltura. Ela o entrelaçou com as suas pernas enquanto ele tinha uma das mãos entre os seus cabelos e a outra no meio de suas costas. Os beijos foram cheios de tesão e carregados de calor. Ela era o verão.

Giraram suavemente na cama e ele a deitou. Podia vê-la de cima, ali brilhando em seu calor e com as sardas criadas pela luz vermelha do pisca-pisca. Ela via o seu rosto e sorria com o sorriso mais acolhedor que possuía. O corpo dele, contrastado pela luz da rua que entrava pela janela e todo o breu do quarto, caiu lentamente sobre ela. Foi beijando o seu pescoço devagar e dando mordidas em sua orelha. Mordeu com mais força o seu queixo e começou a beijar o seu colo. Subitamente, encontrou os seus seios e preencheu a sua boca com aquele mamilo com um piercing. Fez a mesma coisa com o outro seio. Foi de encontro ao Delta de Vênus dela e beijou todo o seu corpo até lá chegar. Ele era o outono.

Enquanto sentia todo o seu calor, ali entre as pernas dela, também podia ouvir os gemidos e a respiração ofegante que ela emitia. Ela era doce e ele gostava do seu sabor. Quando o empurrou para longe porque já não conseguia mais aguentar, ele tirou as mãos dos seus seios e a língua de dentro dela. Apesar dele estar pingando de suor, quando olhou praquela boca entreaberta e molhadinha de prazer, eles se chocaram mais uma vez.

Montou nele e cavalgou como que a sua vida dependesse daquilo. Apesar de estar sem prática, ele fez o melhor que pôde. Era uma visão prazerosa vê-la subindo e descendo enquanto estava dentro dele. A playlist que tocava ficou em segundo plano e, creio que até inaudível, devido ao ápice de seus prazeres. Ele gargalhou bem gostoso e a abraçou firme enquanto estremeciam de puro prazer. Ambos pingavam de suor, mas estavam abraçados e trocando carícias. Ela era o verão em pleno outono.

2 trocas:

Ana Carolina disse...

��������

Anônimo disse...

Tenso! Para não dizer outro verbete.

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Licença pra licença poética!