Essa ferida, essa que gangrenou o núcleo da minha alma, me consome como se tivesse sido amarrada à minha alma num tempo que já não sei se existiu. De tão atemporal que é, ainda luto em busca de respostas, mas sem muito sucesso. E no final, sempre me entrego aos mesmo caprichos, aos mesmos vícios duma rotina martirizante. Já não me importo tanto com despedidas e o que me assusta, é não me assustar com isso. Chegou um momento em que de tanto reprimir, mesmo que inconscientemente, as palavras ficaram gravadas nas cordas vocais. Elas nunca foram pronunciadas e, pelo andar do barco, nunca serão.
Finalizo aqui, num barzinho no centro da cidade, tomando algo que não sei o nome pra curar, mesmo que por um breve momento, essa ferida que me atormenta. Nem mais o meu nome eu sei. Amo essas brechas temporais, me esconder lá enquanto o circo pega fogo e a ferida parece não existir.
Me sabotei.
1 trocas:
=O CÉUS!
Okay, tô indo ali me jogar na frente de um Ônibus com para-choque enferrujado AGORA!
=XXXXXX
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Licença pra licença poética!